O Problema do Meio

No dia a dia nos deparamos com diversas escolhas, das mais simples às mais complexas. Quando escolhemos algo, ou seja, estabelecemos um objetivo para nossa ação, demonstramos preferência sobre uma gama de possibilidades, contrastadas com um número infinito de alternativas (PETERSON, Jordan B. Maps of meaning: The architecture of belief. Psychology Press, 1999); mas apenas estabelecer um objetivo não é concretizá-lo. Para isso, precisamos agir, que consiste em empregar meios para satisfazer fins (VON MISES, Ludwig. A ação humana. LVM Editora, 2017). Se seu objetivo é ter hipertrofia muscular, há diversas alternativas, seja treinar anos e cuidar da alimentação, seja se automedicar com anabolizantes sem acompanhamento médico. Ambos os meios atingem o fim ‘hipertrofia muscular’, havendo seus prós e contras, devido à natureza de cada um. Portanto, o meio utilizado também passa pela mesma seleção da escolha até chegar à ação.

O campo da política é um terreno fértil para que as intenções e ações sejam separadas. A retórica dos políticos encanta a todos e, como sereias, deixam os marinheiros da vida se chocarem com as consequências das leis absurdas que fascinam pelos seus propósitos de resolver os mais diversos tipos de problemas.

“Pessoas falam merda. Temos que proibir isso!”. Assim, a Secretaria da Gentileza é criada. Nela, são colocadas as pessoas x, y e z, que não precisam ter contato algum com o problema (mesmo que tivessem, explicarei o porquê de isso não dar certo). Agora, a definição do que deve ou não deve ser dito está na mão dessas pessoas. Nada se resolveu, apenas foi dado mais poder ao estado (sim, sem “e” maiúsculo por questões ideológicas). Os interesses individuais de cada um podem ser impostos sobre a sua vida e você apenas tem que lidar com isso. Quando era o político que você gostava, não tinha problema. “Dê mais poder a ele, pois satisfaz aquilo que eu acho certo”. Na eleição seguinte, após os desastres e crises no mandato, um político completamente oposto às suas ideias vai ao poder e aparelha os mecanismos que você deu de bom grado para o governo com tudo aquilo que você vai contra. “Fascismo!”. Era desde o começo, mas você estava cego, pois sua perspectiva estava sendo afirmada. O problema inicial não se resolveu. Como podemos ver hoje em dia, o mercado é bem mais eficiente nisso, com seus devidos problemas: ao deixar as pessoas falarem, podemos tomar atitudes como a exposição pública, levando a boicotes e tudo o mais. Kevin Spacey, Donald Trump, Lula, Bolsonaro, MC Gui e muitos outros são exemplos disso. Justamente por cada um ter uma interpretação dos fenômenos sociais, há defensores de todos eles e não são todas as coisas ditas por eles que fazem parte de irrealidades econômicas, imoralidades etc. Pode apostar que é possível achar uma frase pertinente de cada um deles e de todos os outros monstros da história; assim como encontrar horrores em heróis. Portanto, discordar ou concordar totalmente com alguém é mera ilusão. A representatividade política se desfaz com as inconsistências lógicas.

Da mesma forma que apontamentos legítimos foram feitos, pessoas se aproveitaram para criar as mais diversas asneiras sobre seus opositores. O problema inicial se manteve: pessoas estavam falando merda. Começam os comentários contra e a favor, as manadas se formam e, assim, a informação descentralizada permite a organização social espontânea. Quando isso se torna um problema? Quando há espaço para a implantação coercitiva de uma ideia sobre um grupo, resultando no impedimento do processo de organização e tornando-se um processo bélico. Movimentos “underground” surgem, muitas vezes extremistas. Nenhuma lei iria acabar com isso. O problema tem uma natureza interessante: a relação afetiva de cada um com uma ideia ou discurso. Regular uma fala é regular uma individualidade, ou um elemento de individuação. Apenas a completa padronização do ser humano poderia chegar, em um plano idealista, à ausência de discordâncias. Mas, parafraseando Dostoiévski, o ser humano pode trazer o inferno à terra apenas para sair da condição de peça dos outros. Não há canetada que vá mudar isso.

Voltando ao assunto de meios para atingir fins, falarei agora da economia. A pobreza não é de agrado de ninguém, muito menos dos empresários: sem dinheiro, como os consumidores irão consumir algo? Como resposta, há a distribuição centralizada de renda (impostos indo para serviços públicos e projetos sociais). O dinheiro é retirado das pessoas que usariam seus próprios critérios de onde aplicar na sua vida, seja guardar, comprar comida ou investir, e é colocado nas mãos de pessoas que irão satisfazer os seus fins. O político não sabe quem é você; não tem seus valores; e vai tomar uma decisão te vendo como “parte da massa”. Tudo aquilo que você quer da vida se dissolve, assim como a de todas as outras pessoas, na percepção do político de como aquele dinheiro deve ser usado. A representatividade é a miragem feita pelo destaque de um problema e uma possível solução imediata dele.

Para resolver algum problema, é necessário entender sua natureza: qual seria a da economia? Como ambiente, a economia é a escassez. Mises parte do conceito de ação, citado anteriormente, para abordar como nos relacionamos com esse ambiente: o emprego de meios para atingir fins. Ou seja, as trocas ocorrem submetidas a essa condição. Cada pessoa tem valores diferentes, tornando impossível uma regulação, ou um consenso, que irá englobar toda a humanidade sobre a maneira de usar recursos e para quais fins.

Qual a natureza da pobreza? Ela é a condição natural do ser humano. Não começamos, como espécie, a existir com toda a tecnologia, produção de alimentos, mercado de água etc. Tivemos que agir para que nosso ambiente se tornasse assim. Fomos selecionados para nos organizar de certas maneiras em certos ambientes (o ambiente seleciona genes e comportamentos). Certas organizações permitiram que problemas fossem resolvidos com mais frequência, formando regiões melhores para se morar. Não por coincidência, são locais onde ocorreu a organização espontânea de maneiras mais orgânicas, permitindo que as resoluções dos problemas fossem encontradas de maneira independente e descentralizada. Tais regiões atraem mais pessoas; podemos chamar isso de “Índice Muro de Berlim”; apenas um lado impedia as pessoas de saírem dele, pois ninguém tentava entrar, mas apenas sair.

Seguindo esta linha: leis irão resolver o problema da pobreza? Centralizar as tomadas de decisões econômicas não favorece a distribuição da riqueza, mas sim a distribuição da pobreza. A situação irá mudar caso as leis sejam para diminuir a centralização forçada do dinheiro das pessoas. Se não forem para esse lado, ou seja, manterem a expropriação de propriedades e dá-las nas mãos de terceiros, nada será resolvido. Da mesma maneira que no exemplo da regulação sobre “falar merda”, o poder de decisão é colocado arbitrariamente nas mãos de alheios, não sendo você que irá escolher o que fazer com seu dinheiro; bom, pelo menos com parte dele (pode dar o azar de aparecer um Collor e usar a SUA poupança para as finalidades que eles escolher. Com ainda mais azar, é instaurada uma ditadura do “proletariado” e qualquer ação sua é propriedade do governo).

Resolver problemas não é da ordem política; pois, quando resolvidos, tornam a necessidade da organização governamental inútil. Gostaria de enfatizar que política e negociação são coisas diferentes. Durante a faculdade, no meu último ano, eu critiquei muito as ações políticas e constantemente recebia a resposta de que “política é negociação”. Se fosse negociação, eu teria poder sobre minhas propriedades a ponto de negar completamente a decisão do outro, aquele que tem poder político, sobre elas; não é esse o caso. A manutenção dos problemas e criação de novos (empréstimos, inflacionar a moeda, obras inúteis) é transcendental para a existência dos estáveis cargos políticos. Seus serviços são pouco modificados pelas suas incapacidades: Collor de volta à política ainda me embrulha o estômago.

Por que o título desse texto é “O Problema do Meio”? Pois em muitos momentos da minha vida, minhas ideias de problemas convergiam com a de outras pessoas, mas o modo de como resolvê-las divergia. Há princípios que aceitam qualquer meio para atingir fins; há meios que são tomados de fantasia e não resolvem nada, apenas são associados a palavras belas e propósitos elevados. A Lei de Propriedade é o meio que vejo como o melhor para estabelecer um ambiente de resolução de conflitos eficiente, mas não perfeito; esta qualidade engrandece intenções em detrimento de resultados ruins. Tal lei promove a possibilidade de todas as ideias serem colocadas em prática sem afetar o todo; quer criar uma comunidade marxista? O faça, apenas não obrigue outras pessoas a participarem. Você tem total direito de negar a entrada livre de pessoas na sua propriedade (assim como fazemos com nossas casas e nossos corpos), assim como lojas podem negar atender certos tipos de pessoas, mesmo sendo uma ação que não promove o aumento da riqueza do empreendedor. Quem escolhe como, quando e porquê suas propriedades serão usadas é você mesmo. O “Problema do Meio” é uma questão de valores pessoais.

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Publicado por Vinicius Souza Vitalli

Psicólogo formado pela Universidade Estadual de Londrina. Metendo o louco pelo mundo para ver no que dá. Atualmente vivo na Itália. Me pauto na filosofia, psicologia e economia para refletir sobre o mundo e auxiliar a mim mesmo a ser uma pessoa melhor e a atingir meus objetivos. De quebra, talvez eu ajude mais alguém.

15 comentários em “O Problema do Meio

  1. Este argumento é um dos pilares do Anarco Capitalismo.
    Sou seguidor de Jacque Fresco, opositor, que enxerga o problema justamente aí.
    As corporações se apropriam dos meios, e no longo prazo, chegamos à “gestão totalitária dos meios de existência”.

    Neste caso, o Estado é somente o tutor das leis, que, mascaradas como “constituição”, operam o livre mercado com mãos de ferro.

    Capitalismo e Estado são dois lados da mesma moeda, uma corporação global só.

    Curtido por 1 pessoa

    1. Olá! Agradeço o seu comentário.

      Como as corporações se apropriam dos meios?
      Se as empresas estão fornecendo serviços e as pessoas estão comprando esses serviços (ou produtos), e a consequência é a empresa ficar rica, é uma coisa. Pode ser também que essa empresa oferece dinheiro para comprar outras empresas (parece ser o que você falou). Só será problema caso nenhuma outra pessoa (ou empresa) possa concorrer com a empresa que sai comprando as outras.

      Se tal empresa faz um acordo com a instituição detentora do monopólio da força, tornando o seu produto (ou serviço) único disponível e/ou necessário (algumas pessoas irão lembrar da obrigatoriedade do kit de prontos socorros nos carros), ou definindo as regulações que as outras empresas irão seguir, não é concorrência de serviços, é unilateralidade jurídica.

      No primeiro exemplo, empresas apropriando meios não é um problema. Na segunda, é.

      O termo “corporação” é utilizado por muitos anarcocapitalistas para se referir às empresas que entram na segunda abordagem. Talvez a divergência conceitual possa ter atrapalhado o diálogo de maneira bilateral.

      Jà não vivemos uma gestão totalitária dos meios de existência, tendo em vista que o estado tem o poder de definir todas as escolhas dos invidíduos, em qualquer âmbito? Talvez o seu ponto seja esse, que sim e é assim por causa do capitalismo (no seu caso, ambiente coorporativista, utilizando o conceito anarcocapitalista).
      Espero ter esclarecido um pouco a confusão conceitual que perpassa esse debate.

      Se eu entendi corretamente, o norte que o estado impõe aos outros é o livre mercado, segundo sua fala. Quais são as características do livre mercado que se relacionam com a imposição da centralização das decisões dos indivíduos? Pois é justamente o contrário!

      Eu estava agora pouco conversando com um cara que morou na China e apoia a centralização de decisões. Utilitarista confesso. Ele citou muito custo e benefício das ações estatais; que ajudar 1000 pessoas em detrimento de 100 é bom. Quando levei as regulações a coisas que ele fazia, ao invés de coisas distantes dele, as coisas começaram a mudar. A dúvida bateu, apesar de defender ainda que o estado estaria certo em impedí-lo de fazer aquilo que estava fazendo. Ele se vê como a linha que define o que é melhor. O político se vê como a linha do que é melhor. E o que seria esse melhor? Enfiar o dinheiro dos outros no seu próprio bolso sem precisar produzir nada, apenas mandar e, seja lá o que mandem, o dinheiro estrará em seus bolsos e assim por diante. Vejo que a grande maioria das pessoas que defendem a um sistema de centralização de decisões, não se coloca no lugar dos “100” e nem dos “1000”. Eles são os que mandam.

      É uma crítica que fazem ao Bolsonaro: “Tá fazendo tudo o que o PT quer, senão o PT volta!”. Para impedirmos a “gestão totalitária dos meios de existência” pelas empresas, temos que fazer uma gestão totalitária dos meios de existência por uma empresa, mas que tem um nome imbuído com autoridade (parlamento, império, presidencialismo, governo)… Cuja autoridade é imposta ao indivíduos, gerindo seus comportamentos sociais, determinando o que é cultura e educação, por exemplo.

      O estado fornece serviços como segurança, saúde, educação etc. Ele é uma organização que fornece serviços… Uma empresa! O monopólio, como dito no início deste comentário, torna-se problema quando tal empresa tem acesso, também, ao monopólio da violência.

      Ser contra a CLT e o MEC é considerado fascista, sendo que foram gestões fascistas que as criaram.

      Curtido por 2 pessoas

      1. Olá amigo!
        Oxi, só fui encontrar sua resposta hoje, por mero acaso. Deus textos continuam fortes, resistindo ao tempo.

        A “gestão totalitária dos meios de existência” é uma previsão pessimista da evolução do mercado, creio ser bem realista. E porque me parece simplesmente natural.

        Empresas competindo num ambiente justo e disciplinado só pode existir num ambiente controlado, coerção é o estado natural da competição. Unilateralidade jurídica é um termo para designar proteção estatal? E cartel? E monopólio, dumping…a lista de manobras corporativas é infinita.
        E o que vemos hoje é a disputa por setores inteiros da existência humana: comida, informação, moeda.

        A “instituição detentora do monopólio da força”, numa nação “sem Estado”, pode ser meramente a maior/mais forte associação corporativa, e a força pode ser militar, monetária, jurídica, não importa…percebe que o resultado é o mesmo? Livre mercado leva ao protecionismo, que é o que a classe dominante vai estabelecer para manter o poder.

        O primeiro e o segundo exemplos não conseguem se separar no mundo real.

        A gestão totalitária não é “culpa” do Estado, nem mesmo apenas “consequência”, é resultado de um intrincado processo histórico de crescimento econômico voltado ao capitalismo/ poder privado/ acumulação. Intrincado porque, no respeito a esses “valores”, misturou o “propósito” do Estado ao “propósito” dos indivíduos, garantindo a presença forte de Estados de Mercado. Aqui “mercado” ganha maiúscula porque ganha um status de entidade, tanto quanto liberais entendem o “Estado”.

        Respondendo então, as características do livre mercado que se relacionam com a imposição da centralização das decisões dos indivíduos, são justamente as leis que protegem e estabelecem o mercado, garantidas pelos burgueses na constituição!

        …e a “liberdade” garantida aos indivíduos para empreenderem e competirem (está lá, esqueci o artigo, mas tem o “direito à competição”), num ambiente de coerção estatal/corporativa, escassez, pobreza, saúde defasada, monopólio de recursos, tabelamento de juros, destituição do bem público – é o próprio jogo do livre mercado de onde não tem pra onde correr.

        Aí vão entrar muitas outras críticas e análises, não teria como centrar o debate sem recorrer a elas.

        No questionamento do problema da nossa liberdade contra o “sistema”, eu recomendo Peter Joseph, é dele que estou tentando trazer o argumento. Recomendo seu podcast “Revolution now”, disponível no YouTube. E também a série Cultura em Decadência, e o filme Interreflections.

        Entendo ser uma terceira via de pensamento plausível, para nos tirar dessa dicotomia “esquerda x direita”. Ou “Estado x Mercado”.

        É imprescindível a gente compreender a impossibilidade de liberdade e evolução, ou mesmo saúde pública, no atual estado das coisas.

        Abraço, amigo!

        Curtido por 1 pessoa

      2. Olá! Agradeço a contribuição muito elaborada.

        A única maneira de centralizar a coerção é legitimando o seu monopólio.

        O mercado é o ambiente de trocas entre pessoas, que usam suas propriedades (incluindo a do próprio corpo; skills etc). Nós temos o monopólio apenas sobre o que foi apropriado por homestead, trocas etc. Qualquer uso da propriedade alheia sem consentimento é contra a lei.

        “Mas você estava falando que não há monopólio no livre mercado!” Você tem algum controle do seu corpo. Eu posso pegar um papel, escrever diversas coisas que você deve fazer, mas cabe a você executá-las ou não. A única maneira de eu pegar essas coisas que escrevi e te obrigar a fazê-las é se você não tem a possibilidade de contracontrole (autodefesa). Há uma essencialidade no monopólio do próprio corpo. Se há aparatos que tentam se apropriar do seu corpo de maneira indevida, isso é início de coerção e não coerção como autodefesa. Você tem o monopólio sobre sua autodefesa e não sobre o início de agressão a pessoas pacíficas que estejam fora do alcance da sua propriedade. Terei o direito sobre o seu serviço ou produto caso eu coopere, seja com dinheiro, escambo ou algum serviço. Essa é uma das premissas de um ambiente de livre mercado.

        O aparente isolamento que um sistema desses promove nada mais é que uma inferência moral. É impossível ser completamente subsistente. Você terá que estabelecer relações de troca ou invadir terras alheias. Há muito o que se perder em guerras. Portanto, a saída mais saudável para ambas as partes é a das trocas. Populações antigas, pré-históricas, faziam trocas. Você oferece suas idiossincrasias em troca das do outro. Assim, ambos solucionam demandas que têm por meio da cooperação. A espontaneidade disso vem da seleção sucessiva de comportamentos. Claro que sempre terão pessoas com ambições monopolistas e utilizarão quaisquer meios para impô-las. Se não há definição do que é meu e seu, como identificar o que é coerção ou não?

        A cooperação surge na vida intratribal, com alocações de trabalhos segundo cada habilidade das pessoas. Vale lembrar que há diversos aparatos culturais que estabelecem muito sentido para tais trabalhos e alocações. O livre mercado é um conjunto de contingências, baseado em regras simples e claras (o meu, o seu; contratos, cercas, marcar os bois).

        O surgimento espontâneo da cooperação nas relações humanas se dá pela seleção de comportamentos que otimizam o uso dos recursos; principalmente quando há elementos culturais que favorecem o respeito ao indivíduo (vale lembrar que são comportamentos, também). Max Weber faz a relação entre a possibilidade de um ambiente de cooperação mercadológica existir e elementos das religiões ocidentais (eu preciso estudar muito mais sobre, mas essa proposição me parece adequada).

        Sobre as manobras corporativas: elas só serão ilegítimas caso usem o início de agressão, de coerção. Elas estão impedindo que pessoas, em suas propriedades, forneçam um serviço semelhante, ou não? Caso sim, entram na explicação agora pouco dita.

        O estado é uma instituição que legitima monopólios, pois sua essência é o monopólio da violência e decisões dos indivíduos. Não há puro consenso e nunca existirá. O estado sempre irá impor a mesma regra sobre milhões de pessoas de maneira arbitrária. Concordo plenamente que os impérios europeus, ao juntar populações de maneira arbitrária na África, promoveram infinitos conflitos étnicos. As pessoas claramente são diferentes umas das outras e, firmar regras complexas, arbitrárias e obscuras (pelo juridiquês, por exemplo) torna aquela população inimiga e não colaboradora.

        Qual é o estado natural do ser humano? Coerção? Bondade? Difícil saber. Mas olha que interessante: culturas que favoreceram o individualismo e, consequentemente, o livre mercado, abriram margem para a melhora material e existência individual. Perceba também que eu estou dando ênfase ao comportamento humano.

        Obrigado novamente pela contribuição e sugestão de materiais!

        Abraços, consentidos.

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    2. Fico-lhe grato, Vinícius, pela visita ao UAÍMA. Bom… é como dizemos, nós, o Povão – você e eu e inúmeros e inúmeras, mas NÃO TODOS e TODAS: “Vamos que vamos !”. Corroborados por Carlos Drummond de Andrade: “Entanto lutamos”.

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  2. Boa tarde Vinicius… gostaria de publicar alguns artigos seus na revista que edito, chamada Masticadores Brasil.
    Aqui segue o link da revista:
    https://masticadores.com/autores/?fbclid=IwAR2iIXETy8FN-C_8_lD0ZGFgwji-uCSuHAHsS7fXUuFggRNUfVlCE84MMgw
    Essa é a minha parte como escritora. https://masticadoresbrasil.wordpress.com/?s=miriam+costa

    Se vc permitir, por gentileza me envie um e-mail para: mmoraisc18@gmail.com

    Obrigada. Att

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    1. Bom dia, Miriam!

      Meus textos estão para o mundo, agora. Claro que eu gostaria de receber os créditos por tê-los escrito, mas por favor não me peça permissão para compartilhá-los em lugar algum, pois não defendo propriedade intelectual nem patentes.

      Eu fico contente de poder contribuir com o ambiente das ideias e que pessoas acham minhas contribuições relevantes, independente do nível.

      Tenha um ótimo dia!

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